Da Ciência à Consciência: Expandindo os Horizontes da Psiquiatria

Entrei na Faculdade de Medicina da Universidade de Pernambuco (UPE) determinado a entender a mente humana – e, acima de tudo, a minha própria. Durante minha residência em Psiquiatria no Hospital Ulysses Pernambucano, algo ficou claro: a psiquiatria tradicional ajudava, mas não resolvia tudo. Medicamentos podiam aliviar sintomas, mas um verdadeiro equilíbrio mental exigia algo além.

Foi aí que comecei a procurar respostas que a ciência convencional não me dava. Mergulhei no treinamento budista e na meditação, e em pouco tempo, já estava ministrando encontros sobre mindfulness e ajudando pessoas a encontrar um estado mental mais equilibrado. Meu caminho acadêmico e espiritual me levou a co-criar cursos de Mindfulness sob a perspectiva científica, trazendo embasamento real para algo que, por séculos, foi visto apenas como filosofia.

A Queda: Quando a Ciência Falha em Nos Ouvir

Mesmo com toda essa bagagem acadêmica e experiência prática, ainda havia perguntas sem respostas sobre mim mesmo. Então, decidi procurar ajuda profissional. Passei por uma avaliação neuropsicológica e, finalmente, obtive um diagnóstico claro: eu sou neurodivergente.

A descoberta trouxe alívio. Esperança. Pela primeira vez, minha experiência fazia sentido.

Mas essa esperança logo se transformou em um dos momentos mais dolorosos da minha vida.

Busquei um psiquiatra de confiança para validar meu diagnóstico. Esperei escuta e compreensão. Em vez disso, fui descartado.

❌ Disseram que era apenas depressão.
❌ Não investigaram.
❌ Não me ouviram.
❌ Me desconsideraram como paciente e como pessoa.

E não foi só uma vez. A mesma história se repetiu com outros profissionais.

A frustração virou desamparo.

Comecei a duvidar de mim mesmo. Será que eu estava exagerando? Será que realmente havia algo de errado comigo? Ou tudo isso estava apenas na minha cabeça?

Foi um momento brutalmente solitário.

E foi ali que entendi na pele o que tantas pessoas neurodivergentes vivem: a dor de não serem ouvidas.

A Virada: Persistência e Validação

Mas eu sou persistente. Eu não aceitei aquele silêncio como resposta.

Continuei minha busca. E finalmente encontrei uma neurologista infantil que confirmou meu diagnóstico. A clareza que eu tanto buscava chegou.

E com ela, veio uma revolução dentro de mim.

Foi nesse momento que tomei uma decisão definitiva:

🚀 Ninguém mais deveria passar pelo que eu passei.
🚀 Ninguém deveria ser desacreditado ou ignorado em sua própria busca por respostas.

O Nascimento do Método Espectral Amplo

Dessa revolução nasceu o Método Espectral Amplo:

✔ Uma abordagem estruturada e baseada na ciência.
✔ Uma psiquiatria que realmente escuta.
✔ Um tratamento pensado para quem sempre foi incompreendido.

Hoje, utilizo esse método para tratar Ansiedade, Pânico, TDAH, Autismo, Fobia Social e Estresse Crônico, ajudando pacientes a recuperarem o controle da sua mente e melhorarem sua qualidade de vida de forma estruturada e personalizada.

Se há algo que aprendi nessa jornada, é que cada mente é única. Não existe um modelo único de tratamento. Cada paciente precisa ser compreendido na totalidade da sua experiência.

Hoje, além da prática clínica, sigo me especializando.

Fiz um Mestrado no ISEP (Barcelona), trazendo para o meu trabalho o que há de mais avançado em psiquiatria, neurociência e regulação emocional.

📅 Se você sente que já tentou de tudo, mas nunca encontrou um tratamento que realmente faça sentido para você, eu posso te ajudar.

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